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História A

Evolução da Civilização Industrial

Segunda Revolução Industrial a nível mundial

Vídeo Explicativo

Docente: Inês

Resumo

Segunda Revolução Industrial a nível mundial

​​Introdução

Com a Segunda Revolução Industrial em 1850, o mundo mudou e como resultado todas as discrepâncias económicas se tornaram mais visíveis. Os países pobres tinham matéria-prima, que vendiam aos países desenvolvidos para comercializar, fazendo disto um negócio de trocas. Com o desenvolvimento das indústrias e da tecnologia, as diferenças económicas eram ainda mais notórias uma vez que os países pobres não tinham meios para acompanhar este crescimento. Isto é visível até aos dias de hoje. 


A supremacia Inglesa

Em meados do século XIX, Inglaterra era o país mais desenvolvido. Tinha uma indústria mecanizada e por esse motivo fornecia têxteis e equipamentos ao resto do mundo. Esta distribuição era feita através da rede ferroviária, e os seus navios concederam-lhe o primeiro lugar no comércio internacional. Este poder económico, fez com que os empresários aplicassem o seu capital pelo mundo inteiro. 

No entanto, foi difícil acompanhar todo o avanço tecnológico e por esse motivo o equipamento usado pelos ingleses ficou desatualizado. A desorganização das indústrias também era um grande problema uma vez que as pequenas fábricas não conseguiam acompanhar este desenvolvimento. Com o aproximar da 1. ª Guerra Mundial, os EUA, ultrapassaram Inglaterra


Novas potências

França 

A industrialização em França, foi demorada devido à falta de carvão. Apesar disso, em 1870,  a indústria siderúrgica Le Creusot contava com mais de 10.000 trabalhadores. Em 1889, surge a Torre Eiffel como símbolo do desenvolvimento industrial. Entre 1900 e 1913, as indústrias automóveis, a eletricidade e o cinema eram os mais avançados do mundo. Ainda assim, não se comparava a outras grandes potências. 


Alemanha

O entusiasmo, força e vitalidade aceleraram a industrialização alemã. Em 1840, dedicaram-se aos setores do carvão, do aço e dos caminhos de ferro. Mais tarde, juntaram-se o setor da química, a construção naval e a eletricidade. A Alemanha tornou-se, assim, na grande concorrente da Inglaterra, o que gerou alguns conflitos entre os dois países. 


Estados Unidos da América

Em 1830, os Estados Unidos chegaram à industrialização, através da indústria têxtil. Tinham bastantes matérias-primas como o algodão e a e, por isso, cresceram rapidamente. O  impulso foi dado pelo setor siderúrgico, e contaram com grandes empresas como a United States Steel Corporation, líder mundial. Os setores energético e o automóvel cresceram significativamente. No final do século XIX, os EUA, classificaram-se como a primeira potência industrial mundial. Eram líderes no carvão, petróleo, ferro, aço, cobre, chumbo, alumínio e tinham a indústria têxtil em segundo lugar, mundialmente. 


Japão

Independente desde o século XIX, o Japão abriu as suas portas ao resto do mundo. O imperador Mutsuhito deu início à Era Meiji, a era do progresso. O Japão, que era um país agrícola e não desenvolvido, passou a ser um país industrializado bastante competitivo. Para que isto pudesse acontecer, o Estado deu entrada de capitais e especialistas estrangeiros. Os setores mais proeminentes eram o siderúrgico, a construção naval e a seda


O mundo

A industrialização deu-se principalmente na Europa, sendo que a ela se juntaram os EUA e o Japão. Deste desenvolvimento ficaram excluídas algumas regiões da Ásia, da Oceânia, da África e da América do Sul. Esta discrepância é notória até aos dias de hoje. 


A indústria a nível nacional

O século XIX é marcado por uma alteração em setores como a agricultura, a indústria, o comércio, os transportes e a comunicação. No entanto, nem todas as mudanças são repentinas e, por esse, motivo os novos sistemas existiram ao mesmo tempo que os antigos, fazendo com que algumas regiões fossem mais desenvolvidas que outras. 

No campo, a maquinaria agrícola existiu ao mesmo tempo que os materiais e instrumentos usados antes. Na indústria, os métodos mais tradicionais começam a desaparecer e a dar lugar aos avanços tecnológicos. No entanto, os trabalhos que requerem mais detalhes e atenção, permanecem com os artesãos. Este tipo de indústria, meio avançada, meio tradicional acentua-se em países como Portugal e Itália. 


O agravamento das diferenças

A livre circulação de mercadorias era criticada por políticos e industriais devido aos seus princípios de liberalismo económico. Era importante assegurar e preservar a produção nacional. No entanto, o liberalismo económico era essencial na Grã-Bretanha e, segundo David Ricardo, a liberdade comercial certifica-se que todos os países se desenvolvem e obtêm algum tipo de riqueza, uma vez que cada país produz de acordo com a matéria-prima que tem


Em 1841, Sir Robert Peel, alterou os direitos de alguns produtos e mudou as taxas alfandegárias. Em 1840, era cobrada uma entrada em cerca de 1150 produtos e, em 1860, esse número diminuiu para 48. Em Inglaterra, a política do liberalismo económico teve algumas consequências. Durante 20 anos, o livre-cambismo controlou a Europa e os EUA. O comércio internacional cresceu significativamente


​​Livre-Cambismo
Sistema criado no século XVIII, no qual o Estado deixa de mediar as correntes de comércio, as taxas de importação e exportação e as entradas e saídas de material do país. Ou seja, a troca de bens e produtos não é controlada pelo Estado. O livre-cambismo corresponde à doutrina do liberalismo económico.


As fragilidades do livre-cambismo​

A total liberdade de iniciativa era enquadrada pelo liberalismo económico e, tecnicamente, ajudava no desenvolvimento económico. No entanto este desenvolvimento não se verificou e o livre-cambismo colocou ainda mais visíveis as diferenças entre os países industrializados e os não-industrializados. Os países mais pobres não conseguiam fazer face ao desenvolvimento dos países mais avançados. Esta diferença económica gerou crises cíclicas que levaram várias empresas à falência


Estas crises aconteciam de 5 em 5, ou 10 em 10 anos. No entanto, eram crises relacionadas com o excesso de produção. O economista Clément Juglar, dedicou-se a estudar estes ciclos e verificou que quando a procura é maior que a oferta, os preços sobem. Quando isto acontece, a população utiliza créditos. Por esse motivo, e com o excesso de investimentos muita coisa se altera:

  • A produção em excesso acumula-se nos armazéns e as empresas param de produzir, reduzem os salários e despedem trabalhadores;
  • Os preços baixam para que o excesso dos armazéns seja retirado;
  • Deixaram de pagar aos bancos, de pedir créditos e de investir. Dá-se então uma queda na bolsa, o que gera a falência de algumas empresas;
  • Aumento do desemprego e diminuição do consumo

Uma vez que todos os países estão ligados através do comércio internacional (exportações e importações), estas crises espalharam-se por todo o mundo. Entre 1810 e 1929, surgiram 15 períodos de quebra económica. No final do século, o protecionismo era uma realidade e foi necessária a intervenção do Estado.


​​Protecionismo
É um sistema no qual o Estado protege os produtores nacionais da concorrência estrangeira, colocando obstáculos ao comércio internacional livre. 

 

O mercado internacional

O continente Europeu foi o detentor da supremacia económica e política que obteve durante as Descobertas. Os países mais industrializados eram os responsáveis pela produção e comércio a nível mundial e, por isso, modelavam-nos de acordo com os seus interesses. Para além do avanço tecnológico e industrial, dominavam também vários territórios. 

O capitalismo industrial chegou ao seu auge entre 1870 e 1914. Mais de 70% de toda a produção era distribuída por apenas 4 países: Reino Unido, EUA, Alemanha e França. Compravam dos países mais pobres a matéria-prima e os produtos agrícolas para depois os fornecerem de volta. Aqui as colónias foram muito importantes uma vez que era delas que vinham muitos produtos base.


​​Capitalismo industrial
O capitalismo industrial corresponde à segunda parte da Revolução Industrial, durante o século XIX. É o resultado do desenvolvimento científico e tecnológico. Promoveu o desenvolvimento dos transportes e de novos métodos de produção. 


Trocas comerciais

As trocas tornaram-se ainda mais eficazes com o desenvolvimentos das comunicações: aparecimento dos comboios e dos navios. Com a abertura do canal do Suez, as trocas entre França e as suas colónias passaram de 950 para 86 francos (cerca de 90 euros), por tonelada. As trocas passaram a ser feitas a nível mundial: em 1870 valiam 50 biliões de francos-ouro e durante a 1. ª Guerra Mundial passaram a 200 biliões. Por cima de tudo isto estava Inglaterra, dona da maior frota do mundo. O capitalismo industrial deu origem a um crescimento económico nunca antes visto. Este desenvolvimento ainda hoje é visível entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos. 


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