O pragmatismo romano foi determinante na administração do Império, mas também na definição da sua identidade cultural. No que respeita à urbanização, os Romanos demonstraram competência na planificação e construção de grandes centros urbanos. A sua arquitetura - como vamos ver - prezava pelo sentido prático, utilitário e duradouro.
Pragmatismo Urbano
A arquitetura romana tinha como foco principal atender às necessidades da população. Aliás, o Património Romano testemunha bem o carácter prático e duradouro das infraestruturas romanas, algumas das quais utilizamos ainda hoje.
Denota-se, igualmente, um certo gosto pela monumentalidade, presente tanto em edifícios decorativos (isto é, comemorativos de algum feito ou ocasião) como utilitários. Veja-se, por exemplo, os famosos Arcos de Triunfo.
Padronização Urbana
O sentido pragmático romano levou à padronização urbana. As cidades romanas tendiam a seguir o mesmo padrão de organização. Por norma, eram amuralhadas e organizavam-se a partir de duas ruas principais: o cardo (direção norte-sul) e os decumanos (sentido este-oeste), que serviam de referência ao alinhamento das outras ruas e à localização do Fórum.
O Fórum era o centro da cidade, a grande praça pública. Situava-se, geralmente, na interseção dos dois eixos de referência. Continha os principais edifícios administrativos, como a cúria (destinada às reuniões do Senado) e basílica (utilizada como tribunal público e para encontros políticos e de negócios). Nas suas imediações, localizavam-se os espaços de habitação, culto e de lazer, como Termas, Templos e Anfiteatros.
Esta forma de organização influenciou a planificação e a construção de muitas outras cidades. A maioria tende a seguir este padrão de organização: no centro, os principais edifícios públicos, lojas e espaços de culto, e nas imediações, as zonas de lazer e os espaços de habitação.
Exemplos do Pragmatismo e Padronização Urbana Romana
A tabela seguinte fornece-nos alguns exemplos que merecem atenção.
FÓRUM
Centro administrativo, religioso e de convívio da cidade;
Principais edifícios administrativos (cúria e basílica) e Templos;
Mercados e Bibliotecas.
ESPAÇOS DE LAZER
Termas
Espaço dedicado aos banhos públicos;
Possuía um sem número de salas, que forneciam água a diferentes temperaturas;
Tinham piscinas, zonas de vestiário, salas de massagem e descanso.
Circo, Coliseu e Anfiteatro
Espaços destinados ao entretenimento e atividades desportivas, como as lutas de gladiadores.
CASAS DE HABITAÇÃO
Domus
Casa particular, onde residiam os cidadãos mais ricos;
Possuía jardins interiores e outras comodidades luxuosas.
Que factores que ajudam a explicar o pragmatismo e a padronização urbana romana?
O factor principal para o pragmatismo urbano era a preocupação em servir as necessidades da população, o que fez com que a arquitectura romana adquirisse um carácter funcional e utilitário.
Aliado a isto, a padronização urbana, resultante da planificação pragmática, desempenhou um papel importante no desenvolvimento das cidades e na unificação do Império Romano.
Quais eram as principais qualidades da arquitectura romana?
A arquitectura romana destaca-se pelo seu carácter prático, utilitário, duradouro e monumental dos seus edifícios.
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