Foi na cidade de Roma que o Império Romano fixou a sua capital. Era o grande centro de decisão de todos os assuntos respeitantes ao mundo romano. A sua influência fazia-se sentir na planificação urbana das cidades, por exemplo, mas também na administração. Vamos compreender melhor a organização política do Império e os fatores que tornaram possível a coesão do mundo romano.
Organização Urbana
Para manter a coesão do Império, os Romanos criaram condições com vista àintegraçãoe aocontrolo dos povos dominados. Aunificação do territóriofoi obtida através de um processo deRomanização.
Um exemplo de Romanização pode ser observado nas construções públicas: a existência de edifícios públicos comuns, como Teatros, Templos e Balneários, contribuía para a integração dos territórios conquistados e, consequentemente, para a unificação do Império.
O Império dividia-se em Províncias e Municípios, cada qual com instituições governativas próprias, que esforçavam-se por imitar o modelo de Roma - a urbe por excelência.
Urbe
Designação utilizada pelos Romanos, significava "cidade". Mais tarde, a expressão passou a designar apenas a cidade de Roma, exemplo de excelência.
Organização Política do Império Romano
A capital imperial assistiu à regência de diferentes regimes políticos durante o longo período de formação, expansão e consolidação do Império.
MONARQUIA
(753 - 509 a.C.)
Marcada pela governação de reis sabinos e etruscos.
Território circunscrito, maioritariamente, à Península Itálica.
REPÚBLICA
(509 - 27 a.C.)
Expulsão do último rei Etrusco;
Divisão do poder político em três instituições:
Senado;
Magistraturas;
Comícios.
Domínio do Mediterrâneo Ocidental e Oriental.
IMPÉRIO
(27 a.C. - 476 d.C.)
A República Romana mostra-se incapaz de administrar um território tão extenso;
Necessidade de concentrar todos os poderes governativos numa só figura - Octávio César Augusto é nomeado Imperador.
Consolidação e Apogeu do Império Romano.
Decadência e Queda do Império (395 - 476 d.C.)
Império
No que respeita à civilização romana, a palavra Império adquire dois significados. Por um lado, designa o Estado que é formado por vários territórios, no qual se assiste à predominância de um sobre os outros. Por outro, designa o regime político que se seguiu à República Romana.
Culto ao Imperador e a Roma
Com o estabelecimento do Império, em 27 a.C., verificou-se ainstitucionalização de cultos, como o Culto ao Imperador (que era agraciado como um Deus) e o Culto a Roma (associado à deusa Roma, personificação da capital romana e do seu povo).
Uma das características do Culto ao Imperador era a divinização dos feitos imperiais, ou seja, a atribuição do nome do Imperador aos benefícios pelos quais fora responsável: Paz Augusta, Justiça Augusta e Vitória Augusta, por exemplo. Em algumas Províncias romanas, ergueram-se Templos dedicados a este culto.
Os cultos assumiram-se como uma arma de união política, de unificação dos diferentes povos que integravam o Império Romano.
Direito Romano
O Direito Romano surgiu da necessidade de administrar o vasto território imperial e fixar leisque regulamentassem as relações humanas, a convivência pacífica, e aplicassem justiça.
Direito
Conjunto de princípios e leis jurídicas que regeram a civilização romana.
O primeiro código de Direito Romano data do século V a.C., e as suas leis foram gravadas em doze tábuas. Este código constituiu uma autoridade durante séculos. Segundo a tradição, entrou em vigor a partir de 452 a.C.
Contudo, as situações imprevisíveis da vida quotidiana exigiram a criação de novas leis, que eram formuladas por magistrados, jurisconsultos, pelas decisões do Senado e, claro, os decretos do Imperador. Ao longo do tempo, o Direito Romano adquiriu substância, tornou-se um sistema complexo.
A obra legislativa romana, que sobreviveu até aos dias de hoje, desempenhou um papel importante na unificação e pacificação do Império.
Cidadania Romana
À semelhança do que se verificava na Antiga Grécia (na cidade de Atenas), ser cidadão, em Roma, significava ter acesso a um conjunto de direitos civis e políticos, entre os quais, o direito de participar na vida política (i.e. votar e ser eleito para magistraturas).
No início, o estatuto de cidadania estava reservado aos cidadãos naturais de Roma. Mas com o decorrer do tempo, o reconhecimento de cidadania foi alargado a todo o território italiano e aos povos conquistados.
O processo de extensão de cidadania romana pode ser sistematizado da seguinte maneira:
Entre o SÉCULO III e I a.C.
Cidadania reservada a quem fosse natural de Roma (e a quem se destacasse pelo seu valor).
do SÉCULO I a.C. ao II d.C.
49 a.C. - Concessão de Cidadania a toda a Itália (e a quem se destacasse pelo seu valor).
Século II d.C. em diante
212 d.C. - Concessão de plena cidadania romana a todos os habitantes livres do Império (Édito de Caracala).
À semelhança da institucionalização dos cultos e da prática do Direito, a Cidadania foi um fator importante para a união do Império, responsável por estabelecer a igualdade entre os povos dominados e o povo dominador.
"Urbe" era um termo utilizada na Roma Antiga para designar cidade. Mais tarde, o termo "Urbe" passou a designar somente Roma, que era a cidade por excelência.
Quais foram os principais factores unificadores do Império Romano?
Alguns factores que contribuíram para a coesão do mundo romano foram a criação do Direito, a concessão de cidadania romana, a urbanização de cidades (copiando o modelo de Roma) e os cultos (ao Imperador e a Roma).
O que era a Romanização?
A Romanização era o processo pelo qual os povos conquistados pelo Império Romano assimilavam a cultura romana.
Beta
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