A vida em Roma: economia, política e arquitetura

Introdução

Durante o Império Romano, todos os caminhos iam dar a Roma, a imagem de marca, o rosto do Império. Roma representava uma referência ao nível urbanístico e administrativo. O seu modelo foi reproduzido por outros povos e por outras cidades. Vamos compreender melhor como era a vida na capital imperial - a sua organização económica, política e urbana.

A Economia de Roma

À semelhança de outras civilizações da Antiguidade, a economia romana dependia, inicialmente, da agricultura e da pastorícia. Mas só até ao século III a. C., quando os Romanos dominaram a Península Itálica. Vejamos as várias características que a tornaram imperialista.

DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA URBANA

Como resultado da expansão do Império, Roma desenvolveu uma forte economia urbana.

O comércio, que animava as cidades, floresceu graças às vias terrestres, fluviais e marítimas que uniam todas as regiões do Império.

A economia beneficiou ainda da exportação e importação de produtos e escravos, oriundos de toda a parte do Império.

TRANSIÇÃO PARA ECONOMIA MONETÁRIA, COMERCIAL E URBANA

Com a cunhagem e a circulação da moeda, a economia romana converte-se numa economia monetária, comercial e urbana.

ECONOMIA ESCLAVAGISTA

Outra característica da economia romana era a utilização de mão de obra escrava.

Os escravos executavam trabalhos de exploração agrícola, pecuária (criação de animais e produção de matérias-primas), exploração mineira e extração de sal.

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A Evolução Política de Roma

O Império Romano assistiu à vigência de diferentes regimes políticos, que acompanharam a sua evolução.

de 753 a. C. (fundação de Roma) até 509 a. C.

Monarquia (derrubada por uma grupo de famílias poderosas, que implantaram a República)

de 509 a. C. até ao século I a. C.

República

Período marcado pela expansão de território;
O poder político era dividido por diferentes instituições:

Senado - Órgão consultivo (competia-lhe dar pareceres sobre as leis e tratar da política externa);
Magistraturas - Poder executivo (constituído pelos Magistrados, que governavam a República);
Comícios - Assembleias de cidadãos (cabia-lhes eleger Magistrados).

de 27 a. C. até 476 d. C.

Império

O Império surge quando a República começa a revelar sinais de ineficácia, de dificuldade em administrar um território tão vasto, como o Império;
O Senado decide centralizar todos os poderes numa só pessoa: Octávio César Augusto, primeiro Imperador.

A Governação Imperial

O Imperador - à semelhança dos Faraós no Antigo Egipto - era considerado autoridade absoluta e era respeitado como uma figura sagrada.

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Acumulava os seguintes poderes e funções:

Comandante supremo do exército;
Direito de veto sobre decisões do Senado;
Eleição dos governadores das províncias;
Chefe da religião romana (tornou-se numa figura de culto);
Domínio da administração pública;
Líder da política externa e das finanças.

A Organização Urbana Romana

A Arquitetura Romana distinguia-se pelo carácter prático, duradouro e utilitário das suas construções, fruto da preocupação com a funcionalidade dos edifícios. As obras arquitetónicas destinavam-se a satisfazer as necessidades da população ou a celebrar vitórias militares.

A tabela que se segue dá-nos conta das inovações romanas na Arquitetura e no Urbanismo.

Invenção da Cúpula	A invenção da cúpula foi possível graças à utilização (e apropriação) da abóbada de berço e do arco de volta, herdados dos Etruscos.
Urbanismo	Roma era um modelo de referência para a organização dos espaços urbanos. Os Romanos desenvolveram o Urbanismo através do hábito de planificação e construção rigorosa das cidades. As redes de esgotos, os aquedutos, as estradas e as pontes constituem alguns exemplos da tradição urbanística deste povo.