A cultura leiga medieval é tão rica como a cultura eclesiástica, tendo criado o ideal cavaleiro, o amor cortês e ter relembrado os seus antepassados; além da vertente cultural literária, os Europeus vão ainda ganhar o gosto pelas viagens.
A cultura leiga
Nos últimos séculos da Idade Média, a cultura desenvolveu-me a um ritmo impressionante, inclusive na corte: a nobreza passou a cultivar a contenção e a delicadeza, lutando também por causas justas. Esta mudança de atitude tem como base o ideal de cavalaria que se difundiu pelas cortes europeias:
O ideal de cavalaria
A primeira condição que era exigida a um cavaleiro era o seu bom nascimento. Para aspirar à cavalaria era necessário ser nobre - seguia-se depois uma série de virtudes militares herdadas do século anteriores: a honra, a coragem, a lealdade para com o seu senhor, a virtude e o amor a Deus.
As novelas arturianas contribuíram para difundir as sagas cavaleirescas, fazendo com que jovens cavaleiros aspirassem à mesma Graça que, por exemplo, o Rei Artur.
A educação cavaleiresca
Os jovens eram, geralmente, enviados para o paço de um senhor de maior estatuto, onde se iniciavam na equitação e no manejo de armas. Depois disto, tornavam-se escudeiros, servindo um cavaleiro e acompanhando-o nas suas expedições.
Boa parte do tempo dos jovens era ocupado em desportos mais ou menos violentos que contribuíam para manter o vigor físico: caça, torneios e justas.
Depois de mais de 14 anos de aprendizagem, o escudeiro proferia os votos de cavalaria e tornava-se um cavaleiro.
O amor cortês
O florescimento das cortes régias e senhoriais promoveu o nascimento do amor cortês: amar segundo regras determinadas e servir a sua dama com honra e valentia tornou-se uma das virtudes do cavaleiro perfeito.
O amor cortês é, essencialmente, espiritual, um campo aberto a todas as perfeições morais: a dama é absolutamente idealizada e elevada a um estatuto quase divino, é superior e intocável e não deve ser sequer adereçada pelo seu nome próprio.
O amor foi, portanto, uma componente essencial da sociabilidade cortesã e da cultura erudita da Idade Média.
Cultura Erudita
Cultura própria dos grupos mais elevados da sociedade, intimamente ligada à leitura e ao estudo. É uma cultura intelectualizada, não acessível à maior parte da população.
O culto da memória dos antepassados
As famílias nobres medievais tinham o costume de tentar manter viva a memória dos seus antepassados, trazendo ao presente os feitos valorosos da sua ascendência. Muitas vezes se recitavam as genealogias - as lembranças familiares eram passadas oralmente, mas tornou-se necessário registá-las para a posteridade: são escritos os Livros de Linhagens.
Difusão das viagens
Nos Séculos XIII e XIV, os Europeus adquirem uma nova visão do mundo, impulsionada pelo comércio: as barreiras geográficas começam a ceder e, agora, viajantes percorrem os caminhos da Europa.
O gosto pelos relatos de viagens difunde-se e, lentamente, a Europa prepara-se para a aventura marítima.
Viagens de negócios
Os mercadores são, naturalmente, grandes viajantes - partir em negócios tornou-se algo comum, embora não isento de riscos ou incómodos, mas os mercadores cedo de muniram dos conhecimentos essenciais a estas deslocações.
Missões político-diplomáticas
O desenvolvimento do grande comércio também criou laços entre mercadores e governantes, que a eles recorriam frequentemente para o financiamento de algumas empresas militares: alguns comerciantes vão desempenhar a função de embaixadores nas cortes da Europa.
Romarias e peregrinação
O fervor religioso ajudou também a vencer as dificuldades dos caminhos: na Idade Média, a religião assumia contornos muitos concretos e expressa-se pela prática de atos rituais.
Em toda a Cristandade abundavam igrejas, capelas e ermidas que eram objeto de uma devoção especial. A elas, acorria um grande número de pessoa para satisfação da sua fé. Estas deslocações podem fazer-se localmente, obrigando a uma jornada curta (estas são as chamadas romarias), ou a uma longa viagem, que podia durar meses ou mesmo anos (as peregrinações).
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