José Maria Eça de Queirós nasceu no ano de 1845, na Póvoa de Varzim, tendo falecido em Paris em 1900.
Além de escritor, foi também diplomata e advogado, mas é ao nível da Literatura que se destaca, sendo um dos nomes mais sonantes do Realismo Português do século XIX.
Eça foi um grande amigo de Antero de Quental, outro pioneiro do Realismo, que também estava ligado à crítica social e ao desejo de ruptura social em Portugal: era gritante uma necessidade de mudança no panorama literário e artístico.
As conferências e a Questão Coimbrã
Eça junta-se a Antero e a outros escritores e pensadores para organizar e realizar as chamadas conferências democráticas. Foram realizadas apenas cinco, por censura do governo - as conferências tinham também caráter político, logicamente. Gerou-se o caos.
Depois de conflitos internos no movimento literário, consolida-se a Questão Coimbrã, sobre o estado da Literatura em Portugal.
Carreira
Em 1872, Eça de Queirós é nomeado cônsul e toma posse em Havana. Anos depois, em 1888, casa-se com Emília de Castro, sendo, no mesmo ano, nomeado cônsul em Paris, onde viveu até falecer, em 1900, de forma prematura.
A sua obra notoriamente decadentistaconstitui uma das maiores e melhores representações da crítica social em Portugal. A forma pesada como aborda temáticas polémicas marcou toda a sua obra e, também, a sua vida.
Obras
Além de ser autor de obras como O Crime do Padre Amaro ou O Primo Basílio, A Relíquia, A Ilustre Casa de Ramires ou A Cidade e as Serras, a sua magnum opus é, definitivamente, Os Maias: Episódios da Vida Romântica.