Os nomes (ou substantivos) são a classe de palavras utilizada para designar todas as coisas que existam, tanto no concreto (seres vivos, lugares, objetos) como no abstrato (sentimentos, ideias, noções), ou até mesmo algures pelo meio (ações, instituições).
Info 1: Subclasses
Dentro desta classe, os nomes são organizados de acordo com a sua subclasse. Existem duas subclasses: nomes próprios e nomes comuns, sendo que nesta última também existem uma distinção entre nomes comuns e nomes comuns coletivos.
Nomes próprios
Servem para falar de seres ou coisas que podem ser individualizadas, como pessoas (João), cidades (Lisboa) ou países (Portugal).
Nomes comuns
Utilizados para seres ou coisas que não estejam sujeitas a individualização, como espécies de animais (gato), objetos (telemóvel) ou sentimentos (amor).
Nomes comuns coletivos
Designam de forma singular conjuntos de seres ou coisas pertencentes à mesma espécie ou tipo, como grupos de animais (vara = conjunto de porcos), aglomerados de árvores (pomar = árvores de fruto) coletivos de pessoas que desempenhem a mesma função social (turma = conjunto de alunos).
Dica: todos os nomes próprios são escritos com a primeira letra maiúscula, enquanto que todos os nomes comuns têm a primeira letra minúscula.
Info 2: Variações
Uma das características fundamentais dos nomes comuns reside em poderem variar consoante o género, o número ouo grau.
Variação em género
Na língua portuguesa, a larga maioria dos nomes comuns varia na sua forma de escrita consoante o género gramatical aplicável; a quase todas as palavras desta subclasse é atribuído o género gramatical feminino ou masculino.
Não existe regra única para a variação de substantivos entre o masculino e o feminino; contudo, é possível identificar algumas normas.
Nomes que terminem com a vogal -a são tendencialmente femininos; inversamente, substantivos cuja última letra seja a vogal -o costumam ser masculinos. Nestes casos, a norma mais comum para a variação consiste em fazer a troca entre as duas vogais.
Exemplo:
Masculino: menino, aluno, gato, lobo.
Feminino: menina, aluna, gata, loba.
Para nomes comuns gramaticalmente masculinos que terminem numa consoante, a tendência para a variante feminina assenta em acrescentar a vogal -a ao final da palavra.
Exemplo:
Masculino: cantor, pintor, leitor, autor. Feminino; cantora, pintora, leitora, autora.
Palavras gramaticalmente masculinasterminadas em -ão costumam variar para o feminino através da substituição dessas duas letras por -ã, -oa ou -ona.
Exemplo:
Masculino: ancião, patrão, fanfarrão.
Feminino: anciã, patroa, fanfarrona.
Para nomes masculinos utilizados para designar cargos de especial importância, títulos nobiliárquicos ou ofícios específicos, a variante feminina é formada através da troca (ou acrescento) da terminação para -esa, -essa, -ina ou -isa.
Nomes de variação impossível devido a radicais distintos para cada um dos géneros gramaticais (homem/mulher);
Nomes aplicáveis a ambos os géneros (o indivíduo; a testemunha);
Nomes neutros que estão dependentes do género do determinante (o/a estudante; o/a artista);
Nomes neutros dependentes da palavra "macho" ou "fêmea" (elefante macho/fêmea);
Nomes sem qualquer tipo de variação (o livro; a razão).
Variação em número
Tal como no caso do género, também o número gramatical obriga a variações nos nomes comuns, fazendo com que as palavras assumam grafias diferentes caso estejas a falar no singular ou plural. Estas alterações também se dão, na maioria dos casos, nas últimas letras dos nomes.
Uma das normas mais comuns verifica-se quando o substantivo termina, na sua forma singular, numa vogal; aqui o processo, regra geral, resume-se a acrescentar um -s ao final do vocábulo.
Exemplo:
Singular: bola, carro, pedra.
Plural: bolas, carros, pedras.
Quando as palavras terminam com as consoantes-n, -r ou -z, a norma que mais se verifica consiste em acrescentar as letras -es ao seu final.
Exemplo:
Singular: abdómen, mar, rapaz.
Plural: abdómenes, mares, rapazes.
Se a terminação do nome for feita com a consoante -m, a regra mais aplicada obriga a trocar a letra por -ns.
Exemplo:
Singular: álbum, som, jovem.
Plural: álbuns, sons, jovens.
Palavras cuja terminação seja -ão seguem uma de três possíveis variações: acrescento de -s e substituição por -ães ou por -ões.
Exemplo:
Singular: mão, pão, limão.
Plural: mãos, pães, limões.
Quando os nomes terminam em -al, -ol ou -ul, o processo de pluralização é feito substituindo essas terminações por -ais, -óis e -uis, respetivamente.
Exemplo:
Singular: casal, anzol, paul.
Plural: casais, anzóis, pauis.
Para palavras que acabem com as letras -el, existem duas formas de variação: substituição por -éis quando o nome é agudo, por -eis quando é grave.
Exemplo:
Singular: anel, papel; móvel, nível.
Plural: anéis, papéis; móveis, níveis.
Semelhante processo ocorre com nomes terminados em -il: desta feita, troca-se o final da palavra por -is nos substantivos agudos, por -eis nos graves.
Exemplo:
Singular: fuzil, barril; frágil, réptil.
Plural: fuzis, barris; frágeis, répteis.
Exceções notáveis:
Nomes com uma única forma para o singular e o plural (o lápis/ os lápis);
Nomes que apenas têm forma singular (sul);
Nomes que apenas têm forma plural (parabéns).
Variação em grau
Sempre que pretenderes expressar grandeza e exagero ou, inversamente, pequenez ou diminuição sem recorrer a adjetivos, terás que recorrer à variação em graudo substantivo. Este processo é binário, isto é, ocorre de duas maneiras: no aumentativo ou no diminutivo.
No aumentativo, a variação costuma ser feita substituindo ou acrescentando à terminação dos nomessufixoscomo -ão, -ona, -aço ou -arra.
Exemplo:
Sem variação: parede, gata, rico, boca.
Com variação: paredão, gatona, ricaço, bocarra.
Nodiminutivo, este processo faz-se seguindo exatamente a mesma lógica, desta feita utilizando sufixos como-inho,-acho,-itaou-ico.
Exemplo:
Sem variação: bicho, rio, casa, burro.
Com variação: bichinho, riacho, casita, burrico.
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Aprender as Bases
Aprende as bases com unidades de teoria e pratica o que aprendeste com conjuntos de exercícios!
Duração:
Unidade 1
Género, número e grau dos nomes
Unidade 2
Nomes: subclasses e variações
Unidade 3
Classe e subclasses dos nomes
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Opcional
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Unidade 4
Nomes: subclasses e variações
Teste Final
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FAQs - Perguntas Frequentes
Quais são os tipos de variações dos nomes comuns?
Variação em género, variação em número e variação em grau.
Quais são as subclasses dos nomes?
Nomes próprios e nomes comuns.
Qual a definição gramatical dos nomes?
São uma classe de palavras utilizadas para designar todas as coisas que existam no concreto, no abstrato (ou algures pelo meio).