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Os sindicatos e o operariado

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Docente: Joana C

Resumo

Os sindicatos e o operariado

Introdução

As mudanças sociais estão à vista, e o modelo económico vigente acentua as diferenças sociais entre várias camadas da população, bem como perpetua as condições de vida que as pessoas não procuram. Assim, e para proteger os trabalhadores, foram fundados movimentos de luta, bem como se intelectualizou toda uma doutrina para justificar e potenciar, através da luta de classes, a igualdade entre os Homens, tão apregoada pelo liberalismo político.


Surgimento do operariado

A mecanização da agricultura e da indústria fez com que se reduzisse o número de trabalhadores para a realização de uma função, pois esta é agora realizada por máquinas. Com o avanço da Revolução Industrial, os artesãos perdem importância. A especialização do seu trabalho é substituída pela mão de obra dos operários, que não requer uma especialização ou qualificações tão específicas ou exigentes. 


trabalho torna-se precário, sujeito à lei da oferta e da procura que comanda o liberalismo económico: se são necessários trabalhadores, o salário sobe; se há mão de obra em demasia, os salários baixam. Os trabalhadores eram dispensados em função do volume de trabalho que havia, e não existiam quaisquer tipo de apoios para os trabalhadores dispensados, que ficavam mesmo sem meios de sobreviver. 


Postas estas condições, muitos aceitavam turnos de trabalho de 15 ou mais horas por dia e em más condições, e homens, mulheres e crianças eram sujeitos às mesmas condições de trabalho, mas a mão de obra feminina e infantil era bem mais barata e, muitas vezes, a preferida dos industriais. 


Condições de vida

Os baixos salários dificultavam a sobrevivência. Muitas famílias numerosas, sem dinheiro para rendas, partilhavam casas demasiado pequenas e sem condições. Quem não conseguisse pagar a renda, vivia nas ruas ou em asilos e abrigos que foram surgindo nas cidades industrializadas, como resposta a uma recorrente entrada de pessoas, quer vindas do campo, quer de outros países.


Estas condições de vida, aliadas às más condições laborais, fizeram com que problemas como o alcoolismo, a delinquência, a mendicidade, bem como a propagação de doenças, aumentassem. A pobreza generalizada do operariado só cavou mais o fosso entre os burgueses ricos e os operários que trabalhavam nas suas fábricas, o que gerou um clima de descontentamento e agitação social, que está na génese dos movimentos sindicais para reivindicar direitos laborais, em sintonia com os direitos humanos.


Sindicatos e organização operária

O liberalismo económico trouxe a liberdade de concorrência de preços e salários. Como o Estado não regulava nem tabelava preços, sendo estes controlados pela lei da oferta e da procura, foram proibidas as associações e corporações que protegiam os trabalhadores. Apesar destas proibições, continuaram a formar-se cooperativas de trabalhadores, a que chamaram sindicatos


Em Inglaterra, em 1825, os primeiros sindicatos uniram-se, formando as Trade Unions, ou uniões sindicais, que agregavam vários sindicatos em torno na mesma atividade profissional. O sindicalismo foi-se desenvolvendo com o movimento operário, que surgiu nos anos 30 do século XIX, onde grupos organizados atacavam fábricas para destruir máquinas e fizeram greves para pressionar os patrões a melhorar as condições de trabalho.


Reivindicações

Os sindicatos começaram a chamar a atenção para as miseráveis condições de trabalho que se praticavam: insegurança laboral, riscos elevados, salários baixos e horas de trabalho em excesso. O proletariado só conseguia combater estes abusos utilizando a sua ferramenta: a força do trabalho. Assim sendo, convocavam greves como forma de luta e, em resposta, os patrões fechavam temporariamente as fábricas, deixando os trabalhadores sem salários, ou procediam a despedimentos.


Estas lutas ajudaram a criar uma consciência de classe, ​que fortaleceu o proletariado e conquistou algumas vitórias como o direito ao voto ou a melhoria das condições de trabalho e vida. A partir daí, foram negociados contratos coletivos de trabalho, reduções de horários, descanso semanal, faltas pagas e assistência, bem como o direito à greve, a proteção do trabalho feminino e infantil e o nascimento de um sistema de segurança social.


Nascimento do socialismo

Os contrastes entre a alta burguesia e o proletariado era mais evidentes que nunca, e as más condições de trabalho chamaram a atenção de alguns intelectuais, que pensaram num conjunto de princípios políticos para tornar o sistema económico mais justo. É assim que nasce o ideário socialista, que defende uma sociedade mais igualitária, onde não devia existir exploração do Homem pelo Homem


Socialismo

Teoria política, económica e social que se caracteriza pela ideia de transformação da sociedade através da distribuição equilibrada da riqueza e dos meios de produção, de modo a conseguir a igualdade.


Propostas

Karl Marx Friedrich Engels foram os pensadores que mais marcaram a época. Publicam, praticamente na segunda metade do século XIX, duas obras importantes no ideário socialista: O Manifesto do Partido Comunistaem 1848, e O Capital, em 1867. Esta última defendia o fim da exploração dos trabalhadores e a coletivização dos meios de produção, fazendo com que acontecesse a passagem do capitalismo para o socialismo, e depois para o comunismo, que prevê uma sociedade sem classes e igualitária. 


Entre isto, é defendido o fim da propriedade privada, ou seja, a terra e os meios de produção deviam pertencer a quem neles trabalha, de forma a dividir os lucros de forma justa. O marxismo, no século XX, inspirou revoluções como a soviética, a cubana e a chinesa, onde se instalaram regimes comunistas. Já o socialismo segue uma corrente menos radical, que defende as mudanças através de reformas graduais e uma transição mais pacífica do capitalismo para o socialismo, em que se substitui a luta de classes pela cooperação entre operários e burgueses.


Marxismo

Teoria político-económica e social, resultante das ideias de Karl Marx e Engels, que defende uma sociedade igualitária, sem classes, construída pelos operários através da luta de classes e da coletivização da propriedade e da economia.

Comunismo

​Teoria política, económica e social que defende uma sociedade sem classes, a total abolição da propriedade privada com a coletivização de todos os meios de produção, o que só seria conseguido através de processos revolucionários.


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FAQs - Perguntas Frequentes

Que novas correntes políticas surgiram e que são opostas ao liberalismo?

Que obras escreveram Marx e Engels que intelectualizaram o movimento operário?

Como se começaram a organizar os operários?

Beta

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