Com a descoberta de novos territórios, feita pelos Portugueses na Ásia, África e América, os navegadores encontraram sociedades e povos organizados e com costumes, comércio e fronteiras definidas entre si, que os Portugueses tiveram de passar a conhecer, de modo a conseguirem conviver com eles. A exploração destes territórios veio, no entanto a um grande custo para as sociedades nativas. Apesar da partilha de culturas e de saberes, houve pontos positivos e negativos na exploração dos povos feita pelos Portugueses.
Civilizações Africanas
À chegada dos Portugueses, o continente africano era habitado por uma grande mistura de povos, organizados em sistemas políticos e sociais diferentes, como tribos, estados e reinos. O comércio era feito por rotas em caravanas e por rotas marítimas, e os principais produtos neste trocados eram o ouro e a malagueta.
Exploração Portuguesa da África
A ocupação Portuguesa de territórios africanos não foi, inicialmente, com vista a uma conquista total das áreas em que se instalavam, mas sim da dominação estratégica de pontos da costa que permitissem lucro comercial, fundando feitorias para comercializarem com maior controlo ouro, malagueta, marfim e escravos que, na altura, eram vistos como uma mercadoria.
Apesar da presença portuguesa ter sobretudo motivações comerciais, a fixação de portugueses nas feitorias, assim como o tráfico de escravos levou à influência das culturas africanas sobre a Portuguesa, e vice-versa. Este encontro de culturas levou a uma aculturação, em especial nos domínios da religião e língua. Até hoje, o português ainda é a língua falada em alguns países africanos - os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). Também outros domínios como a música, dança e artesanato, foram influenciados mutuamente.
Aculturação
Conjunto de mudanças que se dá num povo, ou grupo, quando mantêm contactos frequentes com outros.
Pelo lado negativo, houve uma relação extrema de submissão e exploração humana devido à captura e comércio de escravos Africanos, que foram enviados para a Europa e América.
Civilizações Asiáticas
Quando chegaram à Índia com o objetivo de lucrar através do comércio lucrativo de produtos exclusivos ao Oriente, os Portugueses encontraram civilizações ricas, organizadas e poderosas que não conseguiram dominar politicamente nem religiosamente. A nível político, estavam instalados os Impérios Otomano e Chinês e religioso, o hinduísmo, budismo e islão.
Exploração Portuguesa da Ásia
Dadas as circunstâncias, os Portugueses decidiram que a sua melhor hipótese para obter controlo nestes territórios era criar um império comercial, dominando as rotas marítimas da época e tentando a paz com chefes locais. Apesar da sua experiência em navegação, havia ainda uma forte concorrência dos árabes e Otomanos, com quem tiveram de batalhar em várias ocasiões pelo domínio dos mares.
Conquistando territórios em lugares estratégicos, fundaram também feitorias e estabeleceram conquistas territoriais junto à costa como Goa, Ormuz e Malaca. A partir da casa da Índia controlaram as especiarias orientais, das quais obtiveram o monopólio comercial.
A partir da Índia foram dominando outros pontos de comércio na China, Japão, Timor, Indonésia e Molucas, formando o que se tornou no Império Português do Oriente.
Civilizações Americanas
Os ameríndios, ou seja, os nativos do Brasil, viviam num território coberto de floresta, onde viviam tribos seminómadas, cuja organização socioeconómica era mais simples do que as europeias. A sua subsistência era baseada na caça, recolecção e agricultura rudimentar.
Exploração Portuguesa da América
Inicialmente, o Brasil não foi explorado ou valorizado pelos Portugueses. Isto mudou devido às crises no Oriente, devido a naufrágios e ataques a navios do Reino, que tiraram a Portugal uma importante fonte de rendimento.
Começou assim o investimento Português no Brasil. A exploração de cana-de-açúcar, ouro e pedras preciosas tornaram o Brasil na principal fonte de capital do Reino.
Inicialmente, o território foi dividido em capitanias, o que não resultou pois nem todos os territórios eram iguais em tamanho e riqueza, o que causou discórdia entre os capitães-donatários, encarregados destas. Nem todos apostaram também no desenvolvimento do território atribuído, o que causou descontentamento por parte do Reino.
Para dar resposta a esta lacuna o regime de governo foi mudado para um sistema de Governo-geral, centralizando o poder numa só pessoa, tendo esta todos os poderes políticos e militares. O primeiro a ocupar o cargo foi Tomé de Sousa, que atribuiu a ordens religiosas a responsabilidade de cristianizar os indígenas, que, apesar de serem protegidos da escravatura aquando da mudança de fé, foram obrigados a mudar a essência da sua cultura, crenças e costumes, desrespeitados pelos colonizadores.
A colonização do Brasil foi também violenta pela aniquilação e submissão da cultura local e escravização de povos africanos para mão-de-obra na exploração manual do Brasil.
Quais as características dos povos americanos e como foi a ocupação Portuguesa destes territórios?
O Brasil tinha povos ameríndios com sociedades organizadas, mas simples, que viviam da agricultura e caça. Os Portugueses exploraram, mais tarde, as matérias-primas do país através de mão-de-obra escrava africana e cristianizaram os nativos, recusando-lhes os seus costumes e religião.
Quais as características das sociedades asiáticas aquando da colonização Portuguesa?
A Ásia tinha uma sociedade desenvolvida na época, pelo que foi difícil para os Portugueses integrarem-se a nível político ou religioso. Assim, a sua presença foi marcada pelo domínio dos mares do Oriente e pela criação de feitorias em cidades estratégicas ao longo da costa.
Quais as características dos povos nativos africanos, colonizados pelos Portugueses?
A África era à data um continente vasto e rico em matérias-primas. Os Portugueses construíram nela feitorias, em que controlavam o comércio local, como o de escravos, malagueta, ouro e marfim. A fixação de Portugueses nestes territórios influenciou mutuamente ambas as culturas, apesar da violência, submissão e exploração humana feita a muitos Africanos.
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