A partir do século XVI, surge uma nova forma de governação: o Antigo Regime, que se vai caracterizar pelo poder absoluto dos monarcas, que controlavam de forma bastante interventiva a sociedade de ordens e procuram acima de tudo a própria riqueza.
O Antigo Regime
No período entre os séculos XVI e XVIII, grande parte dos reinos europeus apresentou um conjunto de características semelhantes ao nível da governação, numa modalidade de Estado conhecida como Antigo Regime. Neste período, os reis absolutos passaram a concentrar em si todos os poderes do Estado.
A sociedade encontrava-se dividida em três estados: clero, nobreza e povo, com privilégios e obrigações diferentes. A economia ainda dependia da produção agrícola, como no período medieval, mas ocomércio vai sentir um grande desenvolvimento.
Antigo Regime
Período da História Europeia que se estende do Século XVI até às Revoluções Liberais. É marcado pelo exercício de poder absoluto pelos monarcas, sem qualquer limitação. Há uma manutenção da sociedade de ordens neste período.
Os princípios absolutistas
O poder dos monarcas absolutos era considerado sagrado, sendo a sua governação uma escolha Divina e interpretação da vontade de Deus. Este fundamento divino do poder era a principal justificação usada na defesa da concentração de todos os poderes no monarca, que controlava todo o espectro da governação, tendo o conceito sido apresentado primeiramente por Bossuet, parte da corte de Luís XIV de França. Ainda assim, os monarcas absolutos apresentam uma faceta mais paternalista, preocupados com os problemas dos seus súbditos, quase que como pais.
Para cultivar a sua imagem enquanto todos-poderosos, os reis promoviam grandes cerimónias e rodeavam-se de vastas cortes, bastante luxuosas, em palácios megalómanos. O representante máximo desta posição régia foi o rei Luís XVI de França.
Absolutismo
Modalidade do poder político, caracterizada pela concentração de poderes no rei, que exercia a própria vontade, sem limitações ou controlo.
Sociedade de Ordens
Durante o período absolutista do Antigo Regime, a sociedade europeia era estratificada e dividida em três ordens/estados: Clero, Nobreza e Povo/Terceiro Estado. Quem pertencia a cada uma destas ordens executava funções diferentes e podia ou não ter privilégios específicos:
Grupos privilegiados
Clero
Não pagam impostos;
Detêm a maior parte das propriedades;
Ocupam os principais cargos político-administrativos
Nobreza
Povo/Terceiro Estado
Grupo mais heterogéneo, composto pela burguesia, artesãos, camponeses e as camadas mais pobres da sociedade.
Maioritariamente, o povo vivia com imensas dificuldades em sobreviver, pagando pesados impostos e estando sempre sujeito à opressão dos privilegiados.
Estrutura económica do Antigo Regime
Durante este período, a atividade económica mais importante, que emprega a maior parte da população, é a agricultura. Como próprio da sociedade de ordens, a maioria das propriedades pertence aos privilegiados, o que faz com que os camponeses sejam meros servos e não detenham as terras que trabalham, sujeitos ao pagamento de rendas e obrigações. Como não havia particular interesse no investimento agrícola, a produção era bastante fraca.
O Mercantilismo
Durante os séculos XVI e XVII, todas as principais nações europeias construíram enormes impérios coloniais, o que fazia com que o comércio europeu florescesse grandemente. Muitas cidades enriqueceram através da atividade comercial, ajudando a dinamizar a agricultura e o trabalho agrícola - desenvolve-se a mercantilização da economia durante este período.
A nível governamental, surge uma grande necessidade de aumentar a intervenção na economia: no século XVII, Colbert, um dos ministros de Luís XVI de França, apresenta um conjunto importantíssimo de medidas económicas que ficou conhecido como mercantilismo:
Aumento dos impostos e taxas alfandegárias impostas às importações;
Fomento das exportações, para financiar a frota mercante e as Companhias de comércio;
Concessão de privilégios para a criação de manufaturas nacionais.
O mercantilismo vai contribuir diretamente para o reforço do poder absoluto do rei, por defender uma intervenção estatal com a finalidade de proteger a economia nacional.
Mercantilismo
Teoria económica que vigorou durante o Antigo Regime em vários reinos europeus. Defendia, essencialmente, a manutenção de uma balança comercial positiva, sendo que o principal objetivo dos reinos deveria ser acumular metais preciosos.
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