A terceira e quarta dinastias
A terceira dinastia
A perda da independência
Na segunda metade do século XVI, Portugal começou a sentir grandes dificuldades em manter uma extensão tão grande de território conquistado.
Para além disso, juntou-se o problema da sucessão, quando o rei D. Sebastião morreu na Batalha de Alcácer Quibir, sem deixar filhos, em 1578.
O rei de Espanha (neto de D. Manuel I) foi assim reconhecido como rei de Portugal, com o nome de D. Filipe I.
Durante 60 anos, Portugal foi governado por três reis que eram simultaneamente reis de Espanha: D. Filipe I, D. Filipe II e D. Filipe III, constituindo a terceira dinastia ou Dinastia Filipina.
A quarta dinastia
A Restauração
A subida de D. Filipe I ao trono de Portugal foi, de início, bem recebida pelos portugueses.
O novo rei comprometeu-se a respeitar as leis, os privilégios e os costumes dos Portugueses, contudo, os seus sucessores deixaram de respeitar esse compromisso, tendo tomado algumas medidas que geraram o descontentamento da população.
A 1 de dezembro de 1640, alguns membros da nobreza expulsaram os representantes do rei espanhol e proclamaram D. João, Duque de Bragança, como rei de Portugal - o rei D. João IV -, dando assim início à quarta dinastia ou Dinastia de Bragança.
Espanha tentou reconquistar o domínio sobre Portugal, iniciando-se assim a Guerra da Restauração. Portugal ganhou a guerra, assegurando definitivamente a sua independência, passando a ser governado pelos sucessivos reis da quarta dinastia até ao final da Monarquia, em 1910.
Nas décadas seguintes, Portugal foi recuperando o seu lugar entre as nações independentes, surgindo o Brasil como fonte de riqueza: primeiro o açúcar e depois o ouro e os diamantes.
O século XIX
Entre 1807 e 1810, Portugal sofreu três Invasões Francesas, ordenadas pelo imperador francês Napoleão Bonaparte, que queria impedir a aliança de Portugal com Inglaterra. A rainha D. Maria I e o príncipe D. João, que, mais tarde, viria a ser o rei D. João VI, fugiram para o Brasil, onde permanecerem até 1821.
A permanência do rei D. João VI no Brasil acabou por gerar descontentamento em Portugal. Assim, em 24 de agosto de 1820, ocorreu, no Porto, a Revolução Liberal, que visava pressionar o rei a regressar do Brasil e a aceitar a alteração dos seus poderes.
Até aí, o rei concentrava todos os poderes além de dirigir a administração do país - forma de governo designada como Monarquia Absoluta. Em 1822, foi concluída e aprovada uma Constituição, tendo os poderes sido distribuídos por vários órgãos, cabendo ao rei a representação do Estado - Monarquia Constitucional.
Regressado ao país, D. João VI aceitou a mudança do sistema político e o Brasil tornou-se independente em 1822. Sob a nova forma de governo, o país assistiu a algumas transformações, como a construção das primeiras linhas de caminho de ferro, estradas, a utilização do telégrafo e a iluminação pública das cidades.