Formação de Portugal e a primeira dinastia
Explicação
D. Henrique deveria governar o Condado Portucalense na dependência do Rei de Leão e Castela. Contudo, com o passar dos anos, desejava que o Condado se tornasse independente.
D. Henrique morreu em 1112 e deixou D. Teresa, a sua esposa, a governar o Condado com o apoio da nobreza galega, o que levou ao descontentamento do povo portucalense.
D. Afonso Henriques, filho de D. Henrique e D. Teresa, revolta-se contra a sua mãe e derrota as forças galegas na Batalha de S. Mamede, em 1128, assumindo, a partir de então, o governo do Condado Portucalense.
Por fim, em 1143, com a assinatura do Tratado de Zamora, o Rei de Leão reconheceu a independência do Condado, que passou a chamar-se reino de Portugal.
Em 1179, o Papa, através da bula Manifestis Probatum, reconheceu Portugal como reino independente com D. Afonso Henriques como Rei de Portugal.
A primeira dinastia
Designa-se por dinastia o período em que príncipes, reis e rainhas pertencentes a uma mesma família real permanecem no poder.
Os reis descendentes de D. Afonso Henriques constituem a primeira dinastia em Portugal, a Dinastia Afonsina.
O alargamento do reino
D. Afonso Henriques, além de lutar contra o rei de Leão para conseguir a independência do Condado, também procurou alargar o seu território, lutando contra os Muçulmanos e conquistando as suas terras.
Em 1139, venceu a Batalha de Ourique seguida de uma série de conquistas de terras aos Muçulmanos, alargando o território português para sul.
Quando faleceu, em 1185, Portugal já se estendia até ao Alentejo. Os seus sucessores continuaram estas conquistas até que, em 1249, o reino do Algarve passou a integrar o de Portugal, ficando as suas fronteiras definidas e quase iguais às que tem hoje.
Por fim, em 12 de setembro de 1297, foi assinado entre os reis de Portugal e Castela o Tratado de Alcanises, pelo qual ficaram estabelecidos os limites do território português.
O povoamento do reino
Os reis da primeira dinastia, para além de terem efetuado novas conquistas de terras, também procuraram povoar o território.
Uma das medidas tomadas para atrair as populações consistia na doação de terras aos senhores da nobreza e do clero, que as deviam cultivar e defender, por um documento escrito chamado carta de foral, na qual eram registados os direitos e as obrigações dos moradores de cada localidade.
O Rei D. Dinis, por diploma régio emitido a 1 de março de 1290, fundou a primeira universidade portuguesa em Lisboa, sendo mais tarde deslocada para Coimbra. Outras das suas medidas foram a instituição da língua portuguesa como língua oficial da corte e o investimento no desenvolvimento económico do reino.