Taxonomia e nomenclatura: Definição e regras

Explicação

A taxonomia é o ramo da biologia que trata da classificação dos seres vivos e o seu objetivo é dispor de um sistema uniforme para mostrar o grau de semelhança entre os seres vivos. A taxonomia ainda é influenciada por Aristóteles e por Lineu, o "pai da Taxonomia".

Com o avanço da ciência e da tecnologia houve um desenvolvimento da Biologia evolutiva e posteriormente da Sistemática.

Sistemática

Conceito mais amplo do que taxonomia, podendo considerar-se uma biologia comparativa que alia os conhecimentos da biologia evolutiva aos dados da taxonomia, de forma a conhecer as relações de parentesco e evolutivas dos seres vivos.

Atualmente, utilizam-se 7 categorias taxonómicas, também designadas por taxa (taxon, no singular): Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie.

Quanto mais semelhantes são os seres vivos entre si, maior é o número taxa comuns a que pertencem.

Dica: Para decorares melhor a ordem dos taxa, memoriza a mnemónica "um Raio Forte Caiu Ontem e Fez Grandes Estragos".

A unidade básica da classificação é a espécie, que é um conjunto de indivíduos que partilham o mesmo fundo genético e que lhes permite cruzarem-se entre si e originar descendência fértil.

Raramente existe cruzamento inter-espécies, mas em espécies muito aparentadas pode ocorrer, originando uma uma descendência estéril (híbridos).

Nomenclatura

Atribuição de nomes científicos aos seres vivos, por associações internacionais de taxonomia. Esta nomenclatura é:

Imprescindível;
Universal;
Hierárquica: espécies semelhantes organizam-se em géneros, que se agrupam em famílias, e assim sucessivamente.

Nomenclatura polinomial

Antes, os nomes científicos das espécies eram uma descrição extensa da espécie em latim. À medida que se iam encontrando espécies novas parecidas, iam sendo acrescentados nomes.

Nomenclatura binomial ou lineano

Nomenclatura proposta por Lineu que restringia o nome das espécies a duas palavras. O nome continua a ser atribuído em latim, dado que, sendo uma língua morta, não está sujeita a evolução e a modificações.

Regras da nomenclatura binomial

1.	A designação dos grupos taxonómicos é feita em latim.
2.	As espécies são identificadas por duas palavras latinas ou latinizadas: nome genérico e descritor específico (adjetivo). Exemplo Oryctolagus cuniculus
3.	Todos os taxa hierárquicamente superiores à espécie têm nomes compostos por uma única palavra.
4.	Em zoologia, o nome das famílias é obtido adicionando o sufixo –idae ao nome de um dos géneros. Em botânica, o nome das famílias é obtido adicionando o sufixo -aceae ao nome do género. Exemplo Canidae Fagaceae
5.	As subespécies têm um nome composto por três nomes, colocados pela seguinte ordem: nome genérico, descritor específico e descritor subespecífico. Exemplo Oryctolagus cuniculus algirus
6.	Os nomes científicos devem ser sempre escritos em itálico. Quando manuscritos, devem ser sempre sublinhados. O nome genérico é sempre escrito começando com maiúscula e o descritor específico com minúscula. Exemplo Homo sapiens
7.	Em textos académicos e científicos, a primeira referência a um taxon, nomeadamente a uma espécie, é seguida da sobrenome do cientista que primeiro validamente o publicou. Por vezes, coloca-se também a data dessa atribuição. Exemplo Canis familiaris L. (1758) ou Canis familiaris (Lineu, 1758)

Nota: Apesar da grande variedade de sistemas de classificação, existem sempre algumas lacunas. Este facto, aliado à evolução constante do conhecimento científico, faz com que nenhum sistema de classificação seja definitivo.